Acéfalos: dezembro 2009

quarta-feira, dezembro 30

Vanderley Cordeiro de Lima, um Herói



Tão rápido quanto o Vento.

Mas mesmo quando o vento se cansa ele continua sua jornada. Eis a sina do maratonista!


Todo Herói encontra um grande rival, mas todo Herói tem aliados. Um padre louco quis o impedir de concluir a prova e Polyvios Kossivas (um grego que assistia a prova) veio como Zeus para garantir que nosso "Filípides" chegasse ao final da prova. O Brasil suou junto Vanderlei torcendo para que ele conseguisse alcanar seu objetivo.


Mesmo depois de tudo isso, a postura desse Herói foi aceitar a sina de receber o bronze com honra e humildade e muito espírito olímpico esportivo.

Recebeu a medalha de Honra Olimpica Pierre de Coubertin se juntando aos poucos homenageados, apenas 4.
Não foi só desta curiosidade que define Vanderley.

Panamericanos
Ouro em Winnipeg (1999)
Ouro em santo Domingo (2003)

Além de campeão em muitas outras provas desde 1994, Cordeiro de Lima é o melhor brasileiro na São Silvestre. Foram seis pódios na prova, sendo três vezes o melhor brasileiro (95, 96 e 2000), além de possuir o melhor tempo de um atleta nacional no percurso (44:06).

quinta-feira, dezembro 10

Dia triste em Brasília 09/12/2009

Espero que com os últimos acontecimentos, Arruda tenha decretado sua saída da vida pública... Seu fim político já está próximo.

Parece que estamos nos tempos da Ditadura. A população tentando se expressar livremente enquanto a polícia com cavalos, bombas e balas de borrachas trucidam os civis em suas manifestações. Parece que voltamos à década de 60!!!

Será que Brasília é isso?

Quantas manifestações já tivemos por lá para defender causas? Foram muitas!
Agora, na hora de defender a honra do Estado e a Ética a polícia é acionada para um capítulo tão triste.

A polícia deveria era prender Arruda e seus comparsas. Os vídeos já são provas suficientes para dar voz de prisão com flagrante gravado, para uma série de parlamentares, mas nada foi feito... Em nome de que, meu Deus, a Polícia Militar e a Polícia Federal não executam a prisão desses corruptos? Invés disso, castigam o povo que já inconformado por ser enganado só tenta expressar-se.

Posição do Comando da Polícia: "Só agimos para mater o direito das pessoas de ir e vir" com um rosto cínico de torturador não percebeu que suas ações feriram o LIVRE DIREITO DE EXPRESSÃO. Invés de organizar a manifestação de forma a não gerar anarquia, preferiu CAUSAR a anarquia.

Já escrevi anteriormente sobre a LETARGIA SOCIAL. Mas quando a massa acorda, é retaliada e não ouvida e respeitada em seus direitos.

Brasília (Plebe Rude)

Capital da esperança
(Brasília tem luz, Brasília tem carros)
Asas e eixos do Brasil
(Brasília tem mortes, tem até baratas)
Longe do mar, da poluição
(Brasília tem prédios, Brasília tem máquinas)
mas um fim que ninguém previu
(Árvores nos eixos a polícia montada)
(Brasília), Brasília

Brasília tem centros comerciais
Muitos porteiros e pessoas normais
(Muitos porteiros e pessoas normais)

As luzes iluminam os carros só passam
A morte traz vida e as baratas se arrastam
(Utopia na mente de alguns...)
Os prédios se habitam as máquinas param
As árvores enfeitam e a polícia controla
(Utopia na mente de alguns...)

Rachou. O concreto já rachou!
Brasília....

Brasília tem luz, Brasília tem carros
(Carros pretos nos colégios)
Brasília tem mortes, tem até baratas
(em tráfego linear)
Brasília tem prédios, Brasília tem máquinas
(Servidores Públicos ali)
Árvores nos eixos a polícia montada
(polindo chapas oficiais)
Brasília, (Brasília)

As luzes iluminam os carros só passam
A morte traz vida e as baratas se arrastam
(Utopia na mente de alguns...)
Os prédios se habitam as máquinas param
As árvores enfeitam e a polícia controla
(Utopia na mente de alguns...)

Os comércios só vendem
e os porteiros só olham
E essas pessoas elas não fazem nada
mas essas pessoas elas não fazem nada
Nada! (Brasília...) Nada! (Brasília...)
Nada! (Brasília...) Nada! (Brasília...)

terça-feira, dezembro 8

Sustentabilidade (Parte II)

Políticas de Sustentabilidade

As políticas de sustentabilidade devem ter como premissa a unificação de ações prioritárias em nível Federal que ajam sobre os "agentes" predatórios transformando-as em "agentes produtivos sustentáveis"

Não será possível pensarmos em sustentabilidade no modelo atual que preconiza que o Terceiro Setor fique responsável por fazer 1% da população tenha ocupação "verde" nas regiões de preservação.

O correto é facilitar ao máximo o acesso desse contingente à atividades sustentável que gere desenvolvimento individual e comunitário. Isso exige investimento financeiro em larga escala.

A maioria das pessoas acreditam que ensinar o indivíduo a fazer artesanato do lixo ou extrair determinado sulco de uma planta é uma atividade sustentável, mas não é. Isso apenas ocupa um grupo de pessoas e gera capital de subsistência.

Há algumas ocupações bem sucedidas como o cultivo de algas nas praias, invés de depredar a flora marítima, bem como a prática agroflorestal. Ambos dão mais trabalho, mas existe a recompensa de não precisarem migrarem para outros lugares quando os recursos acabarem.

A produção de reflorestamento e de árvores "de corte" geram os desertos verdes. A falta de biodiversidade empobrece o solo, que poderá a transformar o local em improdutivo. O mesmo ocorre com o plantio da cana, que além do empobrecimento do solo, também causa estragos nas águas (causa: vinhoto).

O Governo atualmente financia todas essas práticas predatórias e as vende como sustentável. É necessário um esforço muito grande dos povos das florestas sobre os governos estaduais para padronizar atividades que gerem receita. O lado positivo é que as atividades florestais consomem pouco recurso financeiro e pode gerar bons resultados, o difícil é convencer a fazer.

Essa união, além de gerar produção lucrativa, também protege as fronteiras contra os invasores e aproveitadores (traficantes, madeireiras, produtores rurais ilegais, etc)

sexta-feira, dezembro 4

Sustentabilidade (Parte I)

Este é um tema que hoje em dia quanto não cai simplesmente no esquecimento, torna-se discursos vazios e simplistas sem a noção real da abrangência que implicada nesse compromisso.

O pensamento sustentável utilizado hoje nasceu em 1982 a partir de uma comissão na ONU.Em 1987 foi publicado o primeiro relatório sobre sustentabilidade do mundo, chamado Relatório Brundtland.

Gro Harlem Brundtland, Norueguesa e um dos maiores nomes da Europa na década de 80, além de presidir a Comissão de Meio Ambiente na ONU, também foi 1°Ministra da Noruega entre 1981 e 1994 por votação direta. Ou seja, além de muito engajada no tema de sustentabilidade, também foi uma estadista de sucesso reconhecido.


Definição de Desenvolvimento Sustentável:

“o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.

Esse raciocínio foi amplamente discutivo na ONU com a defesa de uma premissa dos caciques indígenas da América do Norte em que suas ações deveriam considerar os efeitos até as 7 futuras gerações.

O Relatório Brundtland apresenta uma série de medidas para que o mundo promova um desenvolvimento sustentável. são elas:

limitação do crescimento populacional;

garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo;

preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;

diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis;

aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas;

controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades menores;

atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia).

Em âmbito internacional, as metas propostas são:

adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas organizações de desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais de financiamento);

proteção dos ecossistemas supra-nacionais como a Antártica, oceanos, etc, pela comunidade internacional;

banimento das guerras;

implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela Organização das Nações Unidas (ONU).

terça-feira, dezembro 1

O Drible Contra a Morte Parte IX (Reedição)

As religiões judaico-cristãs são formas de aprisionamento da alma criativa e são a universidade da covardia.

Tudo se resume no pecado, e na perda do paraíso. A começar por nascermos pecadores, por conta dos pecados dos pais (Adão e Eva).

Quero descrever aqui a necessidade do crente (de qualquer religião) em culpar.
Para que haja o ato de culpar, existe a necessidade de alguém errar.
Para que alguém erre é necessário haver regras.

Se as regras são fáceis de serem cumpridas, cria-se regras mais rígidas. (Queimem as bruxas, amarre o demônio dentro da televisão, do não cumprimento do seu karma, etc.)

As religiões judaico-cristãs existem pela necessidade narcísica da importância individual no universo e do amor. Para conseguir o amor do Deus punitivo é necessário pagar as penitências.

As penitências advém exatamente da culpa já descrita acima e aí chegamos num ponto importante: Será que tudo que ocorre em nossas vidas é decorrente de um culpado. Não temos controle de muitas coisas em nossas vidas, além do fato de sermos induzidos a falhar por conta dos atos impulsivos e por sermos seres desejantes.

As religiões judaico-cristãs condenam o desejo, devemos negar nossa natureza para não pecarmos e garantirmos o "paraíso". As religiões são anti naturais por esses motivos.

A noção de "paraíso" e "inferno" também parece bastante falhas. As descrições que temos sobre esses lugares metafísicos tem maior relevância na bíblia e nas descrições da Divina Comédia.

O que percebo é que tanto o "paraíso" como o "inferno" são lugares desprovidos de diversidade.

Se seguirmos a lógica: Quem chegar no "inferno" sofrerá eternamente. Se você sofre constantemente, o sofrimento perde intensidade até a inércia/monotonia. Quem chegar no "paraíso" encontrará um sentimento de felicidade, essa felicidade passará pelo mesmo processo que descrevi para o "inferno". Para ambos a eternidade nesses locais se tornará insuportável, pois a natureza humana necessita de desafios, prazeres e sofrimentos e essa diversidade fica impossível na configuração que as religiões impõe como realidade "além da vida".

Nosso Perdão

Os pecados dos pais
Os nossos pecados
Deixamos os outros em paz
E nos sentimos culpados

Os pecados dos filhos
Filhos de Deus
O Pai também é filho
Deus é filho do Ateu
Que não acredita
Não se purifica
Não cria

Para purificar: Penitência
Nos martirizamos até perder o sentido da culpa

Somos todos pobres diabos
Presos
Com medo do inferno
Na culpa o inferno é o nosso lar
É o nosso corpo
A nossa mente
Com medo de sofrer
(1993)