Acéfalos: setembro 2010

quarta-feira, setembro 22

Geração Entorpecida - busca desenfreada por experiências com drogas.

Vivência de sensações mágicas usando doces (LSD), balas (Extasy), erva (canabis) e a farinha (cocaína).
Cada vez mais cedo vem ocorrendo o uso de todas as “drogas sociais”, não escapando dessa lista a nicotina e o álcool.

Em qualquer idade, tanto na busca por sensações de prazer, fuga psicológica, aceitação social... a lista de motivos pode ser infinita, mas o fato é que as drogas são a cada dia mais consumidas.

Tabus a parte, o crescente uso vem trasformando o cenário social. Grande parte das drogas tem ação entorpecentes, ou seja, desacelera a atividade cerebral e age como um analgésico poderoso. Após o tempo de uso da juventude, a maioria sai do uso social das drogas e o amadurecimento faz que na maioria das vezes a sensação de prazer seja foca em outra atividade (trabalho, vida a dois, exercícios físicos, etc).

Parte dessa mudança de comportamento vem acompanhado do uso das drogas mais leves que ainda são aceitas numa idade mais madura e fora das baladas. O cigarro e a bebida parecem fazer o papel do grande “matador de fome” anti ansiedade, anti sofrimento.

O que acontece é que os indivíduos esquecem que tem que viver e se refugiam no uso das drogas legais. Comumentemente a bebida e o cigarro são os mais usados.
Mas aí que mora o perigo. O uso indiscriminado delas leva a dependência e pode gerar problemas familiares, com doenças associadas ao cigarro que incapacitem um pai de família ou problemas de comportamento relacionados à bebidas.

Na desculpa de se acharem superiores a quem se entrega aos vícios, mas precisa ter uma necessidade suprida, recorrem ao psiquiatra. E com o aval científico faz uso de drogas da mesma forma que os demais.

O quero dizer com tudo isso? O ser humano possui momentos de fecilidade e de tristeza. A ciência e a sociedade insistem em nos forçar a sermos eternamente felizes, como se essa fosse a busca da felicidade, confundindo alegria patológica com felicidade.
Acontecimentos ruins acontecem o tempo todo. E além disso, somente a crise existencial é capaz de mostrar uma nova realidade de se viver. O receitamento indiscrimminado vem formando uma geração de insensíveis, egocêntricos e com sensação de falsa potência.

Foi-se o tempo em que os remédios eram usados para aqueles que sofriam de depressão de fato, ou de aangústia ou ainda de ansidedade. Hoje, a medicina receita remédios para qualquer melancolia. Essa geração, com isso, vêm perdendo a capacidade de sofrer e de superar os lutos, as tristezas...

Os remédios mágicos prometem limpar de sua cabeça as dores psicológicas e algumas até físicas, mas o resultado real é como se uma casa tivesse muitas goteiras, sujeiras no teto e insetos andando pelo telhado. Os entorpecentes legais criam uma espécie de estuque no teto “protegendo” a mente do indivíduo, o que na verdade provoca um grande recalque com vida própria que continuará crescendo pelo inconsciente sem a percepção do paciente.

Os comportamentos subjecentes gravitam sobre ausência de emoções, maneirismos e estados pré psicóticos, além de uma regressão da maturidade emocional. Tudo isso seria bom, se na verdade não culminassem em dependência física e psicológica dos medicamentos, comportamentos pré programados, invés de naturais e não resolução da causa dos sintomas tratados pelo medicamento, transforamndo a vida do indivíduo numa grande mentira.

E você, fugira nas drogas ou tentará se superar consigo mesmo, na terapia, com os amigos? Esse é o caminho do HOMEM que se SUPERA.

quinta-feira, setembro 9

O Drible Contra a Morte (Parte XII)

Ah, o valor do momento...

Existem grandes controvérsias sobre as definições de momento e instante.
As definições se misturam e criam uma imagem de sinônimos.
Mas eu acho que não!

Vejo o momento como uma partícula especial da nossa memória.
Me imagino guardando meus momentos em gavetas. Categorizando-os em lembranças. E essas dançam na mente nos confundindo em suas identidades: são boas ou ruins?

Acaba, que, conseguimos controlá-las de alguma forma e fazêmo-nas durar segundos ou até décadas. Pareço um gato brincando com uma bola de lã quando evoco lembranças de momentos da minha vida.
Me delicio com alguns momentos de minha adolescencia, e os sinto vívidos como se agora os vivesse.



Mas por vezes não temos domínio dos momentos. Eles mesmos saem do casulo e nos tomam de assalto. Sem permissão nos invadem trazendo noltalgia, alegria, arrependimento, culpa e até insights.
Os momentos também sabem se esconder. Boa parte de minha infancia está esquecida e poucas são as memórias que tenho de lá. Graças ao meu amigo Jean algumas lacunas vem sendo reparadas...

Enquanto momento é definido como um "breve período de tempo", podemos dizer que o instante é algo que está próximo a sobrevir, algo iminente. Isso me faz pensar que o instante tem vida própria também, mas dispara ansiedade.

Saber que naquele instante em que...
Só um instante, por favor...


São frases que precedem um acontecimento. O instante mostra uma fração de segundo, um estalo, não se contam instantes e sim lembranças de momentos.

Vivemos num mundo que quer ter controle e segurança sobre as situações. Mas não conseguimos controlar a força que temos na nossa psique para guardar ou evocar certas lembranças, fazendo do momento um fenômeno especial.

E o mais importante disso: Se você tem momentos, você tem uma biografia para contar, você É.

Poesia incidental:

CERTO MOMENTO,
INCERTO INSTANTES,
CERTOS E ERRADOS QUE DIFERENÇA FAZ,
POR UM MOMENTO PENSEI
QUE O INSTANTE TINHA SUMIDO,
ENTÃO ME PERGUNTEI: - PARA ONDE SERÁ QUE ELES FORAM

http://recantodasletras.uol.com.br/pensamentos/2481912