Acéfalos: novembro 2009

terça-feira, novembro 24

Ahmadinejhad no Brasil: O islã também é parceiro!

O Brasil é um país neutro e equilibrado no que tange as questões de políticas internacionais. Sempre foi assim. Mas há um nicho da classe média que insiste em que devemos demonizar países porque suas culturas diferem da nossa.

Contextualizando: Ahmadinejhad marcou sua visita ao Brasil. Mais do que rapidamente Shimon Peres veio fazer uma visita com uma agenda estranha, sem muito o que resolver na questão comercial, foi visitar a comunidade israelita e foi embora. É obvio que veio dar as caras antes que seu rival internacional iraniano.

Quando o caricato presidente iraniano chegou ao Brasil começou uma série de ataques ao Itamaraty e ao Irã. Mais um movimento acéfalo da sociedade "mal" organizada que acha que está lutando por algo e não passa de massa de manobra de sionistas e falsos moralistas.

Ahmadinejhad: é um Bush do Oriente Médio: Belicoso, moralista, fala o que não deve quando não deve. Até fraudou a eleição como Bush fez.
Nada diferente dos amigos estadunidenses. Já defendi a visita do Bush quando ele veio ao Brasil e não agirei diferente com o Irã. Ambos serão e são ótimos parceiros comerciais e podem agregar em muito na política internacional do nosso país.

Geopolíticamente: O Irã é o país mais desenvolvido daquela região oriental. Possui uma sociedade intelectualizada, é o país que mais produz poesia no mundo e possui produção cinematografica representativa.
O Irã é um país xiita, em que a RELIGIÃO é o GOVERNO. Sendo assim, aquilo que prega o Corão é a lei naquele país, diferente do nosso é laico e que a democracia é aquilo que a sociedade civil acha o que é certo.
Quanto à liberdade de expressão ela existe contanto que seja respeitado o limite do próximo e o respeito a Alá.

Conclusão:
Demonstro desta forma que o Irã não pode ser comparado com países ocidentais e que a ORDEM deles deve ser respeitada.

O fato de haver situações em que o povo discorda e faz manifestções não quer dizer que existe um governo maléfico e cruel como pregam os reacionários de plantão.

É triste ver jornalistas como Miriam Leitão falar com aquela falsa propriedade da VERDADE ABSOLUTA de que o Irã está fazendo armas nucleares em bases secretas.
Parece que a lição do IRAQUE não foi aprendida por ninguém.

Assédio Internacional ao Lula

Isso mesmo. Acredito que o assédio internacional que vem ocorrendo transcende a questão "pátria" para uma esfera personalista.

Barak Obama, Hugo Chavez, Cristina Kirschner, Shimon Perez, Mahmoud Ahmadnejhad. Todos eles desconhecem o potencial do Brasil que é muito aquém àquele vendido por Lula em seus discursos no exterior.

Muito bem, assim também os fazem os colegas citados acima. A diferença é que eles de alguma forma acreditam no LULA.

Ou nosso presidente tem dado muita pinga para eles beberem ou ele tem um poder de articulação absurdamente forte.

quarta-feira, novembro 18

Dia da Consciência Negra - Homenagem a Zumbi

Zumbi (1655-1695) nasceu num dos mocambos que constituíam o quilombo dos Palmares. Foi capturado, recém nascido, em uma das muitas expedições militares contra Palmares e foi dado de presente a um padre, ganhando de batismo o nome de Francisco. Com quinze anos de idade fugiu com um grupo de escravos de volta para o quilombo dos Palmares, livra-se do antigo nome, passando a ser Zumbi, que significava "Deus da Guerra", "Fantasma Imortal" ou "Morto Vivo". Aos dezessete anos já é chefe guerreiro derrotando a quinta expedição armada contra Palmares. É nomeado rei de Palmares. Só é morto em 1695, delatado por um dos chefes palmarinos de sua confiança.

Quilombo significa "sociedade guerreira". O quilombo dos Palmares durou praticamente um século, foi o maior e mais duradouro dos muitos que existiram na América, representando um Estado negro dentro do Estado escravagista brasileiro. Ocupava uma área equivalente a Alagoas, com um total de 20.000 habitantes em uma região extremamente fértil, banhada por vários rios e fauna e flora extremamente diversificadas. Tudo era produzido de forma comunitária, além da agricultura praticavam o artesanato e a metalurgia. Por possuir um ideal comunitário extremamente forte, possibilitando um igualitarismo que o sistema colonial negava e por ter-se formado sob a inspiração do sentimento de liberdade, Palmares representava um ameaça aos senhores de engenho e precisava ser destruído. Depois de sofrer nove expedições armadas (entradas) durante quase cem anos, Palmares é destruído por Jorge Velho e seus bandeirantes.


A história de Zumbi e do quilombo dos Palmares é mais um exemplo entre muitos na história da resistência à escravidão no Brasil. Foi o primeiro grande ato de rebeldia contra o sistema escravagista colonial e o poder em nossa história. Zumbi representa o rebelde que lutou pela liberdade até a morte. Ontem Zumbi lutou contra os interesses dos poderosos de sua época, hoje ele vive em todos aqueles que lutam contra a escravidão capitalista, que ainda mantém os àqules que vivem à margem presos às correntes da exclusão social.


O Dia da Conscîência Negra foi criado como intuito de lembrar aos negros de seu passado, de todo o mal que acometeu a sua raça, de todos aqueles irmãos de raça que morrem de fome na Africa apesar de terem abaixo do solo riquezas, além de resgatar a auto-estima, como uma raça forte que conseguiu sobreviver após séculos de exploração.

Na escravidão foi tirado dos negros todos os direitos transformando os escravos em pessoas com fraca identidade cultural, social e religiosa. O Dia da Consciencia Negra é uma forma de exaltar todas as formas de expressão de sua cultura e para que alimente durante todos os dias sua identidade: capoeira, danças, culinária, percussão e a expressão religiosa da Umbanda / Candomblé.

É nos mitos dos Orixás que o negro poderá sempre se inspirar. Seja no dia-a-dia, ou nos cultos, o modo de ser afro fica mais explícito: na forma de cura do Omulu, na luta de Ogum, na justiça de Xangô. Chorar nos braços de Oxum, pedir proteção para Iemanjá e repousar na paz de Oxalá!

É na música que o negro sempre se expressará no samba, no batuque ou em qualquer vertente afro. Outra forma de expressão são os artesanatos e os cortes de cabelo.

É na culinária em que o negro experiencia em todos os sentidos a cultura afro: desde os pratos mais simples até os mais sofisticados podemos identificar nas especiarias africanas o clima, a natureza e a força do negro.

terça-feira, novembro 10

Geise - Vestido Vermelho na UNIBAN

Dos fatos:

Aluna chega na faculdade pronta para ir à balada. Com um vestido curto cor-de-rosa,decide subir pelas rampas invés das escadas que é o caminho mais rápido. Começa a receber gracejos de alguns rapazes.
No caminho deixa sua carteira cair no chão e se abaixa para pegar. Aumentam os gracejos dos rapazes.
Há relatos de que ela levantava um pouco mais o vestido para as pernas ficarem mais á mostra e provocar os admiradores.
Ao chegar no andar de sua sala de aula,resolve tirar algumas fotos com os admiradores. E mesmo depois de ter entrado na sala, ela saía para tirar mais algumas fotos.
Com isso se fez um grande tumulto em frente à sua sala. Ao ir ao banheiro o grupo aumentou mais e a faculdade saiu do controle.
Foi necessário chamar a polícia somado ao grupo de professores e algumas amigas da aluna para que ela saísse com maior sensação de segurança envolta a um avental.

Começou aí a hostilidade à Universidade:"Alunos grosseiros", "Vândalos", "Bando de ignorantes", "Intolerantes", "preconceituosos".
Os alunos da UNIBAN foram chamados de tudo!"UNIBAN TaleBAN" "UNIBAN UNIBurca" "universotários" "machistas". ela foi hhumulhada, perseguida, vítima de assédio!!!

Após inquérito aberto pela faculdade os fatos acima foram evidenciados e a decisão da UNIBAN foi pela expulsão.

Essa foi a senha para que os aproveitadores de planão entrassem em cena.
Não bastava o já demonstrado exibicionismo da protagonista da cena os Direitos Humanos, Entidades de Defesa da Mulher, a UNE (União Nacional dos Estudantes), a imprensa marrom (incluindo a Rede Globo) todos se aproveitaram.

A faculdade voltou atrás da decisão.

Comentário sobre o caso:

Trata-se de um fenômeno que extrapola a instituição e os alunos como indivíduos. Foi uma atitude coletiva, um evento de massa.

Como todo evento de massa, a massa age por instinto. Um instinto coletivo e irracional que tem por finalidade manter o equilíbrio ou reagir ao diferente.
O diferente neste cas foi além do figurino, as atitudes da aluna que se portou de forma desproporcional com o que a faculdade está acostumada.

A Faculdade é um sistema vivo em que professores, secretários, faxineiros e alunos interagem a todo momento. o fenômeno se deu como uma reação de defesa da comunidade acadêmica para com as atitudes da aluna.

A expulsão ou não da aluna não importava, pois o simples fato dela pisar novamente na faculdade fará com que alguém a hostilize, e agora não mais pelo vestido ou pelo exibicionismo e sim pela repercussão negativa para a imagem dos alunos e da UNIBAN perante toda a sociedade!

Critério político: A Universidade sabendo da repercussão de mídia deveria ter tomado outra atitude: Uma advertência escrita para a aluna e uma nota para imprensa:

"Aos interessados,

Tomamos a providência de advertir quanto a atitude exibicionista da aluna perante à instituição, pois achamos que o fato provocou a atitude desmedida dos alunos.

Em contrapartida, estamos elaborando um evento na Universidade com os professores de Sociologia e Psicologia Social para promover melhores comportamentos dos alunos.

A aluna Geise será convidada a pedir desculpas para todos alunos, assim como já o fez para o corpo docente neste mesmo evento para promover a paz e o bom relacionamento entre todos e que esse episódio sirva para que todos, UNIBAN, alunos e sociedade aprendam a viver em uma sociedade mais respeitosa e tolerante"


Pois é, Depois que acontece é fácil dar a resposta certa. Mas fica aqui o meu registro.