Acéfalos: abril 2009

quinta-feira, abril 30

O Drible Contra a Morte VI (Reedição)

Mas afinal o que é estar vivo.

Biológicamente está claro que é a manutenção das funções fisiológicas a partir do funcionamento do coração e do cérebro. Mas acredito que todos estão de acordo que muitas vezes nos sentimos meio mortos.

Existem sintomas que nos deixa nesta condição: A depressão, a preguiça e o comodismo fazem parte deste rol.

A psicologia explica que o ser humano é regido por duas pulsões (instintos). A pulsão de vida e a de morte.

A pulsão de morte está associada a sentimentos e atitudes que leva o indivíduo a utilizar cada vez menos energia. Os sintomas descritos acima fazem parte dessa pulsão que acabam levando a atitudes consideradas negativas e que levam ao nada.

A pulsão de vida por sua vez se fortifica com o movimento do indivíduo, com o dinâmismo. A vontade de experimentar sensações, aprender coisas novas, exercícios físicos, encarar desafios. Ou seja, coisas de que alguma forma libere adrenalina, serotonina.
A religião, os esportes, a música, o sexo, o teatro, conversas fiadas no bar são exemplos de pulsão de vida.

O ser humano é movido pelo desejo de poder. Quando este desejo não está presente no indivíduo ele fica cada vez mais tomado pela pulsão de morte.

Entendo que a tecnologia e a cultura moderna transformaram um pouco a definição disso tudo que tenho descrito. Ficar sentado na frente da televisão não é necessariamente uma forma de pulsão de morte. Depende de como o indivíduo encara essa atividade: para experimentar novas sensações, aprender algo mais sobre assuntos de interesses afins ou simplesmente ficar paralisado ocupando o mínimo de energia possível usando a imagem televisiva para ficar em "stand by"*.
Acredito que este conceito possa ser expandido para toda cultura ocidental da atualidade, não somente em nossa experiência nacional.

Já no tocante da psicologia social, vivemos um momento ambiguo no sentido das pulsões. Em outras oportunidades escrevi sobre a letargia social perante o momento político atual. Mas seria isso uma forma de pulsão de morte?

Essa dúvida respondida quando vemos com que energia nosso povo se diverte em festivais de música, festas populares, jogos de futebol, etc.
Mas então, o que acontece com essa energia que não é canalizada com a finalidade de produzir um país melhor?

Acredito que nosso povo é pura pulsão de vida canalizada em simplesmente em uma instancia psíquica: o id (fonte dos conteúdos inconscientes e todos os nossos desejos). Ou seja, censurar o que está errado (super ego) ou realizar grandes feitos (ego) são relegados a segundo plano.

Não quero que nosso povo seja menos feliz em suas manifestações, mas sim, que haja um equilíbrio do uso desse potencial. Já passou do tempo para nosso povo produzir Levantes para mudar a ordem atuar e termos um Poder Público que haja pelo Bem Público.

* Esse fenômeno de pulsão de morte da vida cotidiana ocorre rotineiramente e normalmente as pessoas afirmam que não se lembram o que se passava na TV e dizem que não estavam pensando em nada. O mesmo se aplica ao computador.

quarta-feira, abril 29

Momento Histórico do Brasil

Continuação da cobertura sobre a visita de Ahmadinejad ao Brasil

Por Philip Leck

Nâo esqueçam que Bush em determinados momentos dizia que, assim como o Irã, o Brasil poderia entrar no eixo do mal por querer reativar o programa nuclear de Angra 2 e Angra 3.

Também fomos vítimas da intolerância estadunidense.

Ademais, o Irã é o 3° país que mais produz filmes (perde apenas par India e EUA), o país que mais produz poesia e onde há o maior número de leitores de Paulo Coelho (gosto duvidoso).

Talvez o Brasil tenha mais a ganhar do que a perder com essa aproximação.

Concluindo: Estamos saindo na frente de outros países em desenvolvimento que insistem em baixar a cabeça para os EUA e em deixar em primeiro plano preconceitos burros em detrimento de bons acordos bilaterais.

É mais uma queda de fronteira que nos beneficia e mostra uma conduta condizente com a nova ordem mundial.

A coragem de nossos diplomatas mostra que somos os protagonistas de nossa região e um importante entreposto de diálogos entre os países em desenvolvimento.

Lembra aquela liberdade que tanto falávam durante a ditadura, pois é, estamos livres das amarras do imperialismo. Pagamos a dívida externa. Nos tornamos credores e auxiliadores em momentos de crise (Colômbia, Haiti, Angola, Timor Leste e Palestina)
O auxílio do Itamaraty à Palestina, o diálogo com o Irã e os futuros acordos com a China faz com que tenhamos a obrigação de conversar de igual para igual com os países ricos, nem tanto pelo poder, mas pelo posicionamento político e comercial.

Brindemos, ESTAMOS LIVRES!

Viva a Liberdade!

A mídia deveria noticiar como uma entrada à uma Nova Era em nosso país. Um momento histórico manchado um pouco pelos escandalos caseiros.

segunda-feira, abril 27

Ahmadinejad (Irã) visita Brasil no início de maio

Fonte: Folha de S. Paulo

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, visitará Brasília na primeira semana de maio (...).

A data da visita, inscrita na agenda do Itamaraty nos dias 5 e 6 de maio, ainda está sujeita a ajustes. Mas os governos brasileiro e iraniano já estudam em conjunto detalhes de programação e logística.

(...)Segundo diplomatas brasileiros, a hesitação inicial do Itamaraty quanto a receber o controverso presidente --que defende varrer Israel do mapa, questiona o Holocausto e recusa pressões para suspender o programa nuclear iraniano-- foi dissipada pelos recentes acenos dos EUA a Teerã.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva calcula que receber Ahmadinejad hoje não traria tanto risco político às ambições de colocar o Brasil entre os protagonistas do cenário diplomático global.

Laço
Em janeiro de 2007, o próprio Lula convidou Ahmadinejad a Brasília, quando se encontraram em Quito para a posse do presidente Rafael Correa.

Meses depois, Lula afirmou, ao lado de Bush e em plena residência oficial de Camp David (EUA), que o Irã "tem problemas com outros países, não com o Brasil".

A visita de Ahmadinejad deve irritar a comunidade judaica brasileira, que havia repudiado a ida do chanceler Celso Amorim a Teerã, em novembro, e a retribuição pelo colega iraniano Manouchehr Mottaki, no mês passado em Brasília.

sexta-feira, abril 24

O drible contra a Morte Parte V (Reedição)

Vou falar de orgulho.

Mas não de orgulho como sinônimo de ganância ou uma simples arrogancia.

E sim do orgulho que quase sempre requer confirmação e aprovação exterior para cobrir um sentimento interno de inadequação, e também daquele que não precisa dessa confirmação, e sim, somente da própria crença.

Respeito assim os extrovertidos e os introvertidos.

A convicção da certeza, precede o afastamento do alvo desse orgulho, e causa uma satisfação momentânea abastecida pelo egoísmo, mas depois vem um sentimento de frustração de falta de alguma coisa.

Ja perceberam que o orgulho que estou retratando não é bem aquele do pecado, ou da simples arrogância, mas de pequenas atitudes que tomamos todos os dias?

O orgulho é outro inimigo da vida e da felicidade. É uma ferramenta muito usada por pessoas que acreditam que tem toda a razão do mundo, e estão muito atentas para levar tudo ao pé da letra e utilizar das palavras e atitudes de forma vil para atingir ao outro.

O orgulho por vezes pode ser uma variante do mimo. Ou pelo excesso ou pela falta que teve durante a vida.
Normalmente essas pessoas ficam muito melindradas com qualquer crítica e destroem o próprio prazer de viver.
Vive-se num jogo para ver quem se dobra primeiro a vontade do outro. Isso acaba gerando apenas sofrimento...

O orgulho faz com que a pessoa se destoe das demais, mas nem sempre surte o efeito desejado: de possuir uma consciência mais elevada.

Esse sentimento é mais um grande inimigo da vida, fazendo com que as pessoas vivam um personagem que não são eles mesmos, e sim um dublê para manter o frágil ego intacto.

Quanto mais desse orgulho a pessoa se dá o direto de sentir e atuar, mais próximo da morte a pessoa ficará. Primeiro por privar-se de viver como realmente é para manter a "pose" e depois porque desfigura a pessoa atuando de uma maneira diferente de si.

Para ir de encontro à felicidade é preciso matar o orgulho dentro de si, deixar aflorar suas vontades de forma genuína. Resolver as questões inacabadas, nem que seja preciso perder a fleuma. Basta querer ser, basta querer ser!