Acéfalos: O Drible Contra a Morte (Parte XI)

segunda-feira, agosto 23

O Drible Contra a Morte (Parte XI)

A natureza humana nada mais é do que os instintos que nos regem.

Pensando na origem das nossas ações, penso que temos 2 pontos fundamentais: o instinto agressivo e a perpetuação da especie.

Passaram-se milenios e ainda temos gravado na nossa psique mais íntima a perpetuação da espécie.

Mas como isso ocorre, sendo que não atuamos como seres que agem seguindo esse caminho'

O instinto paternal e maternal é tangibilizado pelos cuidados aos nossos descendentes. Esses cuidados são o sentimento mais genuíno de amor. E também o que nos impulsiona para a perpetuação da espécie.

Nas relações sociais, aprendemos que devemos amar ao próximo como a nós mesmos, para na verdade conseguirmos suportar o outro.

Talvez o maior papel da religião seja exatamente esse.

Cada dia que passa estou mais convencido que não é o "natural" do ser humano suportar o próximo. Ainda mais nas grandes cidades. A proximidade entre as pessoas é um dos elementos geradores das neuroses modernas, fatos pouco comuns no campo e nas cidades pequenas.

Fica claro também que as aproximações quase nunca são de natureza altruísta. A itenção é sempre explorar prazer no outro. De que forma for... até causando prazer no outro.

E a solidariedade como já escrevi em outro capítulo serve para aplacar culpas e auto satisfação. Nesse mundo de confusão, o tal do amor é o catalisador para manter o povo fiel às igrejas.

Amor é a fraqueza que queremos transformar em fortaleza: mera convenção para sofremos. Nos enchemos de culpa e inspiração. Mandam-nos repetir "mantras" (orações, quaisquer que sejam) para buscar livrar-se do mal... mas o que é o mal:

O "mal" apontado pela igreja na maioria das vezes é simplesmente a concretização de um ato instintivo e natural. A agressividade é o motor da sobrevivência, do sexo, da competitividade, da vontade de potencia para vencer.
Não é a maldade dos psicopatas e sim apenas aquela nos impele, que nos destaca numa multidão, nos faz receber justiça.

Sou mais deixar a natureza assumir o controle.

Declare guerra!