O Drible Contra a Morte Parte IX (Reedição)
As religiões judaico-cristãs são formas de aprisionamento da alma criativa e são a universidade da covardia.
Tudo se resume no pecado, e na perda do paraíso. A começar por nascermos pecadores, por conta dos pecados dos pais (Adão e Eva).
Quero descrever aqui a necessidade do crente (de qualquer religião) em culpar.
Para que haja o ato de culpar, existe a necessidade de alguém errar.
Para que alguém erre é necessário haver regras.
Se as regras são fáceis de serem cumpridas, cria-se regras mais rígidas. (Queimem as bruxas, amarre o demônio dentro da televisão, do não cumprimento do seu karma, etc.)
As religiões judaico-cristãs existem pela necessidade narcísica da importância individual no universo e do amor. Para conseguir o amor do Deus punitivo é necessário pagar as penitências.
As penitências advém exatamente da culpa já descrita acima e aí chegamos num ponto importante: Será que tudo que ocorre em nossas vidas é decorrente de um culpado. Não temos controle de muitas coisas em nossas vidas, além do fato de sermos induzidos a falhar por conta dos atos impulsivos e por sermos seres desejantes.
As religiões judaico-cristãs condenam o desejo, devemos negar nossa natureza para não pecarmos e garantirmos o "paraíso". As religiões são anti naturais por esses motivos.
A noção de "paraíso" e "inferno" também parece bastante falhas. As descrições que temos sobre esses lugares metafísicos tem maior relevância na bíblia e nas descrições da Divina Comédia.
O que percebo é que tanto o "paraíso" como o "inferno" são lugares desprovidos de diversidade.
Se seguirmos a lógica: Quem chegar no "inferno" sofrerá eternamente. Se você sofre constantemente, o sofrimento perde intensidade até a inércia/monotonia. Quem chegar no "paraíso" encontrará um sentimento de felicidade, essa felicidade passará pelo mesmo processo que descrevi para o "inferno". Para ambos a eternidade nesses locais se tornará insuportável, pois a natureza humana necessita de desafios, prazeres e sofrimentos e essa diversidade fica impossível na configuração que as religiões impõe como realidade "além da vida".
Nosso Perdão
Os pecados dos pais
Os nossos pecados
Deixamos os outros em paz
E nos sentimos culpados
Os pecados dos filhos
Filhos de Deus
O Pai também é filho
Deus é filho do Ateu
Que não acredita
Não se purifica
Não cria
Para purificar: Penitência
Nos martirizamos até perder o sentido da culpa
Somos todos pobres diabos
Presos
Com medo do inferno
Na culpa o inferno é o nosso lar
É o nosso corpo
A nossa mente
Com medo de sofrer
(1993)
Tudo se resume no pecado, e na perda do paraíso. A começar por nascermos pecadores, por conta dos pecados dos pais (Adão e Eva).
Quero descrever aqui a necessidade do crente (de qualquer religião) em culpar.
Para que haja o ato de culpar, existe a necessidade de alguém errar.
Para que alguém erre é necessário haver regras.
Se as regras são fáceis de serem cumpridas, cria-se regras mais rígidas. (Queimem as bruxas, amarre o demônio dentro da televisão, do não cumprimento do seu karma, etc.)
As religiões judaico-cristãs existem pela necessidade narcísica da importância individual no universo e do amor. Para conseguir o amor do Deus punitivo é necessário pagar as penitências.
As penitências advém exatamente da culpa já descrita acima e aí chegamos num ponto importante: Será que tudo que ocorre em nossas vidas é decorrente de um culpado. Não temos controle de muitas coisas em nossas vidas, além do fato de sermos induzidos a falhar por conta dos atos impulsivos e por sermos seres desejantes.
As religiões judaico-cristãs condenam o desejo, devemos negar nossa natureza para não pecarmos e garantirmos o "paraíso". As religiões são anti naturais por esses motivos.
A noção de "paraíso" e "inferno" também parece bastante falhas. As descrições que temos sobre esses lugares metafísicos tem maior relevância na bíblia e nas descrições da Divina Comédia.
O que percebo é que tanto o "paraíso" como o "inferno" são lugares desprovidos de diversidade.
Se seguirmos a lógica: Quem chegar no "inferno" sofrerá eternamente. Se você sofre constantemente, o sofrimento perde intensidade até a inércia/monotonia. Quem chegar no "paraíso" encontrará um sentimento de felicidade, essa felicidade passará pelo mesmo processo que descrevi para o "inferno". Para ambos a eternidade nesses locais se tornará insuportável, pois a natureza humana necessita de desafios, prazeres e sofrimentos e essa diversidade fica impossível na configuração que as religiões impõe como realidade "além da vida".
Nosso Perdão
Os pecados dos pais
Os nossos pecados
Deixamos os outros em paz
E nos sentimos culpados
Os pecados dos filhos
Filhos de Deus
O Pai também é filho
Deus é filho do Ateu
Que não acredita
Não se purifica
Não cria
Para purificar: Penitência
Nos martirizamos até perder o sentido da culpa
Somos todos pobres diabos
Presos
Com medo do inferno
Na culpa o inferno é o nosso lar
É o nosso corpo
A nossa mente
Com medo de sofrer
(1993)
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