Sorriso no Castelo
Acreditava ter nascido morto. Sem futuro.
Na tenra infancia fazia uma bola com as meias e jogava em seu quintal.
Cresceu um pouco mais e, então usava os chinelos como trave, na rua, em frente à sua casa.
Não estudava pois não havia escola em seu bairro. Aprendeu a falar tarde, talvez por falta de proteína no cérebro pela pobreza que enfrentava no sertão.
O silêncio da caatinga, ouvindo carcarás e carrochos do mato de dia e morcegos e cigarras à noite.
50 anos depois, o semi analfabeto, põe um terno. Na lapela um broche indicando uma estrela vermelha.
Subiu uma escada onde o levaria ao palco de sua maior realização. Quando lá chegou com sua esposa encontrou além de seus amigos íntimos, uma multidão que há 25 anos o acompanhou.
O menino de Garanhuns que traz até hoje as deficiências de saúde, educação, vícios - O retrato do brasileiro pobre - atravessa o abismo e sobe a rampa do palácio mais importante do país.
Esse homem é o produto da ditadura. Os invisíveis gabirus, miseráveis do nordeste. Povo que servia de massa para garantir o poder de quem já tinha o poder e queriam continuar encastelados.
Após 4 anos em que esse brasileiro típico ocupou a presidência, podemos tirar como lição que ninguém em nosso país está preparado para assumir poder.
Podemos até discutir o fato de termos exímios administradores de empresas no país. Presidentes de multinacionais, etc. Mas sobre administração pública e políticas de crescimento sustentável!! Não existe nem MBA sobre esse assunto.
O homem que sorri até 31/12/2006 no castelo é o retrato do povo com todas as suas qualidades e defeitos.
Talvez, hoje em dia, ele sorri porque tem sua cachaça em cima da mesa. Porque o povo ainda se identifica com sua figura.
Mas no fundo há uma tristeza. O "jeca" sabe que nunca esteve a altura do cargo. Talvez de cargo nenhum que tenha assumido na vida. O homem que só deu certo porque sincretizou a figura humana do povo.
Em todos os países é assim. Vide o filme de Frank Capra: A mulher faz o Homem (em inglês Mr Smith goes to Washington) em que um professor de escotismo é convidado a assumir uma cadeira no senado e é feito de marionete para os fins escusos de seus correligionários.
No nosso caso o presidente sem nome, apenas apelido, vislumbrou a possibilidade de por alguns momentos ser "coroné" também. Esqueceu-se do povo, e agindo como "coroné" usou de assistencialismo invés de infra estrutura. Me lembro de um discurso em seu início de mandato: "Não vamos dar o peixe pronto na mesa, ensinaremos o povo a pescar e não precisar mais do governo para lhes ajudar".
Ele não cumpriu com o que falou e instituiu o bolsa família sem comprometer o povo com esse benefício. Nosso presidente ensinou, sim, os empresários a pescar, não subsidiando as empresas como antes pelo BNDES. Nunca o país fechou tanto a mão para a iniciativa privada.
Foi também no governo do presidente sem nome, apenas apelido, que foi instituído o Comunismo no Congresso. Pela primeira vez, foi criado o Bolsa Parlamentar (depois apelidado de Mensalão). Todo aquele parlamentar que auxiliar o governo nos projetos postos em votação receberá um valor pelo serviço prestado a "nação".
Com isso, deputados do PSDB se filiaram ao PTB. Outros do PFL se debandaram para o PL para não criar ruído entre os partidos da oposição.
Esse foi o governo em que o Ministério Público teve a maior visibilidade e a Polícia Federal teve mais autonomia.
Com isso inúmeros "escândalos" foram desvendados:
Operação Narciso (emrpesa Daslu)
Operação Cevada (Schincariol)
Operação Confraria (filiados do PSDB)
Operação Tigre (contra doleiros no RJ)
Operação Correios (culminou na CPI do Mensalão) e mais 80 operações em nível nacional prendendo até mesmo juizes.
Todo esse trabalho não é mérito do presidente sem nome, mas não podemos deixar de notar que ele deixou essas instãncias trabalharem.
Esse ano veremos o que o povo prefere: ser feliz na ignorancia dos ralos que levam o dinheiro de nossos impostos.
Ou ficarmos consternados, mas ainda sim, deflagar até o osso as isntituições públicas.
O homem que governa o país, tem tentáculos que abarcam todas as estruturas governamentais, mais não tem preparo. Nem sua experiência de 4 anos no poder o deixou preparado para outro mandato.
Assim como o animal LULA, que sobrevive no fundo do mar, agarra-se a tudo, se alimenta de tudo, despista a todos em suas fugas, mas não tem potencial para sair do fundo do mar.
Enquanto o povo fica estagnado, existe um homem sorrindo no castelo, assistindo aos outros despreparados debaterem na TV.
Posfácio: Quando pensei no título deste texto, tinha em mente criar uma história de ficção e um esquizofrênico que vivia em seu castelo aprontando brincadeiras.
Me parece que o site está tão impregnado da energia social que acabei falando de um assunto nem tão querido por mim no momento.
mas como sempre digo: "Escrevo assim como bate no peito".
Na tenra infancia fazia uma bola com as meias e jogava em seu quintal.
Cresceu um pouco mais e, então usava os chinelos como trave, na rua, em frente à sua casa.
Não estudava pois não havia escola em seu bairro. Aprendeu a falar tarde, talvez por falta de proteína no cérebro pela pobreza que enfrentava no sertão.
O silêncio da caatinga, ouvindo carcarás e carrochos do mato de dia e morcegos e cigarras à noite.
50 anos depois, o semi analfabeto, põe um terno. Na lapela um broche indicando uma estrela vermelha.
Subiu uma escada onde o levaria ao palco de sua maior realização. Quando lá chegou com sua esposa encontrou além de seus amigos íntimos, uma multidão que há 25 anos o acompanhou.
O menino de Garanhuns que traz até hoje as deficiências de saúde, educação, vícios - O retrato do brasileiro pobre - atravessa o abismo e sobe a rampa do palácio mais importante do país.
Esse homem é o produto da ditadura. Os invisíveis gabirus, miseráveis do nordeste. Povo que servia de massa para garantir o poder de quem já tinha o poder e queriam continuar encastelados.
Após 4 anos em que esse brasileiro típico ocupou a presidência, podemos tirar como lição que ninguém em nosso país está preparado para assumir poder.
Podemos até discutir o fato de termos exímios administradores de empresas no país. Presidentes de multinacionais, etc. Mas sobre administração pública e políticas de crescimento sustentável!! Não existe nem MBA sobre esse assunto.
O homem que sorri até 31/12/2006 no castelo é o retrato do povo com todas as suas qualidades e defeitos.
Talvez, hoje em dia, ele sorri porque tem sua cachaça em cima da mesa. Porque o povo ainda se identifica com sua figura.
Mas no fundo há uma tristeza. O "jeca" sabe que nunca esteve a altura do cargo. Talvez de cargo nenhum que tenha assumido na vida. O homem que só deu certo porque sincretizou a figura humana do povo.
Em todos os países é assim. Vide o filme de Frank Capra: A mulher faz o Homem (em inglês Mr Smith goes to Washington) em que um professor de escotismo é convidado a assumir uma cadeira no senado e é feito de marionete para os fins escusos de seus correligionários.
No nosso caso o presidente sem nome, apenas apelido, vislumbrou a possibilidade de por alguns momentos ser "coroné" também. Esqueceu-se do povo, e agindo como "coroné" usou de assistencialismo invés de infra estrutura. Me lembro de um discurso em seu início de mandato: "Não vamos dar o peixe pronto na mesa, ensinaremos o povo a pescar e não precisar mais do governo para lhes ajudar".
Ele não cumpriu com o que falou e instituiu o bolsa família sem comprometer o povo com esse benefício. Nosso presidente ensinou, sim, os empresários a pescar, não subsidiando as empresas como antes pelo BNDES. Nunca o país fechou tanto a mão para a iniciativa privada.
Foi também no governo do presidente sem nome, apenas apelido, que foi instituído o Comunismo no Congresso. Pela primeira vez, foi criado o Bolsa Parlamentar (depois apelidado de Mensalão). Todo aquele parlamentar que auxiliar o governo nos projetos postos em votação receberá um valor pelo serviço prestado a "nação".
Com isso, deputados do PSDB se filiaram ao PTB. Outros do PFL se debandaram para o PL para não criar ruído entre os partidos da oposição.
Esse foi o governo em que o Ministério Público teve a maior visibilidade e a Polícia Federal teve mais autonomia.
Com isso inúmeros "escândalos" foram desvendados:
Operação Narciso (emrpesa Daslu)
Operação Cevada (Schincariol)
Operação Confraria (filiados do PSDB)
Operação Tigre (contra doleiros no RJ)
Operação Correios (culminou na CPI do Mensalão) e mais 80 operações em nível nacional prendendo até mesmo juizes.
Todo esse trabalho não é mérito do presidente sem nome, mas não podemos deixar de notar que ele deixou essas instãncias trabalharem.
Esse ano veremos o que o povo prefere: ser feliz na ignorancia dos ralos que levam o dinheiro de nossos impostos.
Ou ficarmos consternados, mas ainda sim, deflagar até o osso as isntituições públicas.
O homem que governa o país, tem tentáculos que abarcam todas as estruturas governamentais, mais não tem preparo. Nem sua experiência de 4 anos no poder o deixou preparado para outro mandato.
Assim como o animal LULA, que sobrevive no fundo do mar, agarra-se a tudo, se alimenta de tudo, despista a todos em suas fugas, mas não tem potencial para sair do fundo do mar.
Enquanto o povo fica estagnado, existe um homem sorrindo no castelo, assistindo aos outros despreparados debaterem na TV.
Posfácio: Quando pensei no título deste texto, tinha em mente criar uma história de ficção e um esquizofrênico que vivia em seu castelo aprontando brincadeiras.
Me parece que o site está tão impregnado da energia social que acabei falando de um assunto nem tão querido por mim no momento.
mas como sempre digo: "Escrevo assim como bate no peito".
1 Comments:
Como prometido: TANANAM, TANANAM, TANANAM... não é falta do que falar... :-)
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