Acéfalos: O drible contra Morte (Parte VIII)

quinta-feira, setembro 14

O drible contra Morte (Parte VIII)

Todos nossos movimentos acabam na questão do poder.

Os relacionamentos afetivos e de amizade, assim como a postura profissional demonstra que o ser humano quer ter algum poder sobre o Outro.

E se o assunto é poder, haverão sempre aqueles que nasceram para obedecer e os que nasceram para mandar.

Na Índia esse conceito é mais organizado: a sociedade é distribuída em castas em que, quem nasce em uma casta baixa morrerá em uma casta baixa (não há mudança nas classes sociais nas famílias). Hoje já existe uma abertura nesse sentido na Índia, mas por habito, as pessoas continuam a agir dessa maneira. Uma frustraçãozinha aqui, outra alí, mas todo mundo no final vive bem, pois aceitam seu destino.

Há pessoas que exercem o poder por subterfúgios. Quebram regras da sociedade ou do trabalho para mostrarem que podem ou simplesmente contarem vantagem. Puxam o tapete do amigo para conseguir o que quer sem que o mesmo perceba. Na psicologia é chamado de "postura passivo-agressiva.

É duro ver também as pessoas dizendo que querem ser donas de seus destinos mas pedem para o Governo fazer seu trabalho, pedem pro cunhado, pra mãe...
As pessoas querem a independência sem conquistá-la, sem passar por provação nenhuma, sentados em seus sofás assistindo televisão, reclamando que a culpa é de todo mundo, menos SUA, menos sua...

Eu não sou igual a vocês.
Cruzei a ponte, e prefiro a fome e o frio a voltar à escravidão.
Não sou egoísta, sou fraterno. Não estou preso à convenções, sou livre.
Tenho a coragem de ir à luta, mesmo que seja morrendo de medo.
Aceito ajuda, sim. Ninguém é uma ilha. E da mesma forma que somos explorados, também temos o dever de explorar.
Se não fosse assim, não reconheceríamos a diferênça do Outro, nem nossas fraquezas, nem as mais nobres qualidades.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Exijo, como só um amigo com boas intenções poderia fazê-lo, que você disserte mais sobre o tema, porque a mim me pareceu que ficou vago. Faltou você dar parâmetros para que nós mesmos possamos nos auto avaliar e termos um parecer de nossa conduta, se tendemos a obedecer ou mandar.

8:15 AM  
Blogger Dimas Dion said...

Não considero o texto vago e sim aberto. A falta de mais parâmetros está relacionada com a idéia de fazer pensar.
Tenho certeza que não é seu caso, mas se a pessoa não consegue perceber se tende a obedecer ou a mandar, é porque não manda. Apesar de que esse não é ponto mais importante, ora exercemos o poder, ora somos explorados. O importante é saber fazê-los e quando.

11:26 AM  

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