Acéfalos: Aristocracia Nietzschiana e o Brasil - Parte 1

segunda-feira, setembro 14

Aristocracia Nietzschiana e o Brasil - Parte 1

Nietzsche acredita na hierarquização da sociedade, dividida entre os que possuem a benção do mandatário e a massa que o obedece.

Essa teoria é diametralmente contrária a que Marx produziu na evolução da sociedade igualitária e sem o patronado.

Com esse problema instalado, onde posso chegar observando nossa sociedade:

Um estudioso de Nietzsche me disse que no Brasil, São Paulo é a concretização da mediocridade social, em que prevalece o povo miscigenado e perdido em sua origem cultural natal. E ainda disse que têm potencialidade apenas para ser uma enorme máquina que mediocriza homens e nunca será o tipo de cultura mista que eleva os homens em filosofia, arte e ciência.

Esse é um pensamento que macro, que não leva em consideração um gama de fatores:

1. No Brasil todo há inúmeros polos de desenvolvimento e polos de centralização de poder. Neles sempre existirão os "notáveis' e a massa que o segue. A experiência política é o exemplo mais classico;

2. No Estado de São Paulo, é uma das excessões do 1° fator. Isso porque a política não é tão atrativa para os grandes notáveis na metrópole e do rico interior. Há a predominancia dos grandes empresários em que se fazem notáveis pelas tomadas de decisões acertadas para os acionistas e estratégias de manter o mercado capitalista aquecido;

3. O sincretismo destas polaridades normalmente está descrito na cultura que o local produz.No caso de São Paulo a manifestação é meio esquizofrência, sobrando apenas o samba de batuque e o Rap paulista. Nos outros Estados, as manifestações estão mais pautadas em ritos tradicionalistas e ritmos das colônias européias, africanas ou asiáticas.

Não acho que a experiência de São Paulo seja nem mais adequada ao pensamento Nietzschiano, nem menos adequada. O problema é que o referencial que se faz é sempre da própria experiência.

Epílogo da Parte 2: Darcy Ribeiro e Nietzsche